Quinta-feira, 31 de Maio de 2007

O Cantinho da Saúde

Apresent. – Boa tarde, hoje neste pequeno espaço que dedicamos à saúde, vamos expor o caso de mais uma doença não muito rara e que afecta alguns por cento em Portugal, aqui presente temos connosco Amâncio Catano que padece de Ajavardartria. Senhor Amâncio como está, seja bem-vindo!
 
Amâncio – Mais ou menos, vou andando como se pode, mas muito obrigado à mesma.
 
Apresent. – Diga-nos então aqui para os telespectadores e público aqui presente o que é a Ajavardartria.
 
 Amâncio – A Ajavardartria é uma duma doença crónico-degenerativa, muito incapacitante que normalmente aparece e começa a mostrar sinais logo depois do primeiro ano de vida, quando começamos a dizer as primeiras palavras.
 
Apresent. – E diga-nos, realmente que sintomas surgem na logo na fase inicial desta patologia.
 
Amâncio – A pessoa é incapaz de usar calão, de dizer palavrões, e maior parte das asneiras, resumindo, impedido de ser verbalmente ordinário e reles. O indivíduo deixa se exprimir correcta e normalmente, isto numa fase inicial, num estádio mais avançado não se consegue nem insultar, nem sequer mandar uma pessoa chata dar uma volta.
 
Apresent. – Realmente deve ser um grande sacrifício!
 
Amâncio – Grande mesmo, e muito doloroso, porque muitas das vezes quer-se dizer qualquer coisa, um desabafo, ou mesmo ser desagradável, não consegue tem de engolir e aquilo acumula-se e acumula-se cá dentro, por vezes, parece até que se vai rebentar! É uma agonia que não queira saber!
 
Apresent. – E por favor, para além da sintomatologia referida que repercussões, consequências tem esta doença para a pessoa afectada!
 
Amâncio – Olhe, principalmente psíquicas e sociais. Primeiro é um estigma...
 
Apresent. – Sabe o que é um estigma?
 
Amâncio – Não, sei que se alastra, deve ter a ver com o cancro, mas... deixe estar que eu depois pergunto a um professor  que ele percebe de sociologia e de doenças do couro cabeludo... depois vem quase inevitavelmente a discriminação e exclusão social e por fim a depressão nervosa.
 
Apresent. – Assim tão grave?
 
Amâncio – Pode não parecer à primeira vista mas, imagine-se no meio de um grupo de amigos e quer dizer mal daquela ga** moça ou rapariga... está a ver não consigo. É uma desnaturada, não consigo dizer que a mãe dela é uma... do pior que há. Já viu. E pior, às vezes no meio de uma conversa soltar um “carvalho” ou uma interjeição exclamativa tipo: “fo*****; co**; pu** Deus me livre”, está a ver, é horrível.
 
Apresent. – E como reagem os outros?
 
Amâncio – Muito mal! Muitas das vezes têm tendência a entender a doença como “aquele individuo abicha** que resvala para a homossexualidade”. De maneira que é uma tortura, ainda para mais ao ver aqueles que gozam de boa saúde que parecem fazerem pouco de nós, basta ver alguns que apenas abrem a boca nem sequer dá tempo de entrar mosca, é logo uma enxurrada de asneiras e uma pessoa olha impotente, ali reprimido sem poder fazer o mesmo.
 
Apresent. – Mas existe tratamento?
 
Amâncio – Sim, normalmente opta-se por um internamento como servente nas obras da construção civil com trolhas de bigode, barrigudos e casados há mais de 15 anos com uma mulher feia. No entanto, naqueles casos que é genético, de famílias já bem-educadas e que recusam medicação alcoólica em alto teor, o tratamento é apenas paliativo.
 
Apresent. – E nestes momentos finais quer deixar alguma mensagem de ânimo e esperança a todos os que nos estão a ouvir?
 
Amâncio – Apelava a todos os jovens que não ignorem este flagelo e não pensem que só acontece aos outros. Sejam prudentes, a prevenção é o melhor caminho e escolham só programação para adultos, se possível dobrada em castelhano, nada de Jardim da Celeste, Ruca, Noddie e arranjem más companhias é muito importante.
Sinto-me: Com mente sã!
Roído por Maganão às 17:25

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